Por Marcio Nobre - www.focoamazonico.com
Foto: Reprodução
Manaus - O Presidente da Câmara Municipal de Maraã, vereador Bethuel Pereira Filho (PSC), acredita que o assassinato do chefe do Executivo Prefeito Cícero Lopes da Silva (PROS) teve motivação política.
“É isto que pensa o nosso grupo político e tem sido a linha de investigação da polícia, que está cuidando do caso no município. Ontem (segunda-feira), duas pessoas foram ouvidas pela polícia, mas ainda não chegaram aos autores do crime”, afirmou o presidente da Câmara. A filha do prefeito assassinado, Gleiciane Silva, 40, afirmou que uma das suspeitas é de que o crime tenha sido motivado por briga política. Ela informou que Cícero já havia registrado vários Boletins de Ocorrência (BOs) de ameaça, junto à Polícia Civil (PC). Segundo Gleiciane, foram encontrados cerca de 23 perfurações de chumbo no corpo do prefeito, morto com um tiro nas costas, na noite do último domingo. Ainda de acordo com a filha do prefeito, o tiro que atingiu Cícero foi disparado de uma espingarda, cujo calibre é investigado pela PC. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Fontes que disse tambem que já enviou reforço policial para Maraã e que peritos do Instituto de Criminalística, além de policias do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto, também vão reforçar nas investigações.
Velório
Segundo o presidente da Câmara, mais de mil pessoas estavam, na ultima segunda -feira (29), em frente ao hospital de Maraã esperando notícias sobre o velório do prefeito. “O corpo foi velado no ginásio Arruda Pereira, ontem (segunda), e, nesta terça-feira, às 10h, foi realizado transladado para o Municipio Coari (a 362 quilômetros da capital), onde acontece o enterro no final da tarde”, afirmou.
O prefeito deve ser enterrado no município de Coari, cidade onde nasceu. A informação é do representante de Maraã em Manaus, Jander Souza.
Ainda conforme Souza, a população de Maraã está perplexa e sem entender o ocorrido.
“O prefeito não se expunha e nunca perseguiu ninguém. Estava tudo tranquilo, mas sabemos que inimigos políticos existem”, disse. O representante também afirmou ser cedo para levantar suspeitos, mas acredita que a morte de Lopes foi “encomendada”.
“Continuamos com as investigações e não iremos aceitar justiça com as próprias mãos. Já chegaram ao município dez policias militares da Tropa de Choque e dez policias de Tefé (a 520 quilômetros de Manaus) para auxiliar nas investigações e conter a população, além da perícia da Polícia Civil e criminalistas”, disse o comandante da Polícia Militar (PM), coronel James Frota.
Vice ameaçado
Sob ameaças, o vice-prefeito de Maraã, Luiz Magno Praiano Moraes, passou a noite de domingo sob proteção no 60º Distrito Integrado de Polícia do município, de acordo com o comandante da PM. Frota afirmou que Moraes já retornou para casa, porém segue sob proteção.
Ontem (segunda-feira), Associação Amazonense dos Municípios (AAM) emitiu uma nota de pesar e repúdio pela morte do prefeito de Maraã.
O PROS também emitiu uma nota de pesar em que, além de lamentar o ocorrido, pede providências para o esclarecimento da autoria da morte do prefeito “e que sejam tomadas as medidas necessárias à produção da Justiça”, cita o documento.
Na sessão na ultima de (segunda-feira), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), foi aprovada uma moção de pesar apresentada pelo presidente da Casa, vereador Wilker Barreto (PHS). Ele disse ser importante o poder público dar uma resposta rápida ao punir os culpados, levando-os à Justiça. “Se esse crime não for solucionado, é um duro golpe contra a democracia no Estado do Amazonas, porque não podemos voltar ao tempo do coronelismo, onde as desavenças eram resolvidas na bala”, afirmou.
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