quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Marcelo Ramos elogia decisão colegiada do TJAM de não aumentar número de desembargadores

A tentativa do governo de anular decisão que suspende o aumento de vagas de desembargador de 19 para 26, negado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), foi repercutida pelo deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), em seu pronunciamento desta quarta-feira (19), no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O parlamentar avalia que não aumentando o número de desembargadores sobrarão recursos para o TJAM enfrentar o que precisa ser enfrentado.
De acordo com Marcelo Ramos, com a decisão colegiada não há mais o que se discutir quanto à legalidade da liminar, concedida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), ajuizada por ele e pelos deputados Luiz Castro (PPS) e José Ricardo (PT), que entendiam que a aprovação da lei, na Aleam, “ocorreu com vícios de iniciativa e andamento”.

Na opinião de Ramos, negado o pedido de aumento de vagas para desembargadores, o Tribunal de Justiça agora vai poder agilizar as ações de primeira instância, com concurso para juízes e mais servidores, bem como para oficiais de Justiça e contratação de assessores para juízes de primeira instância. “Atualmente o TJ não tem 100 oficiais de Justiça”, disse, frisando ainda da necessidade de investimento tecnológico e infraestrutura.
Marcelo Ramos disse ainda que o aumento do número de desembargadores não resolve, nem ajuda a resolver o problema do atendimento ao cidadão “que quer mais justiça, deseja e necessita ver resolvidos conflitos que se arrastam há tanto tempo no Judiciário sem solução, e ter a segurança jurídica necessária”, declarou.
Votação
De acordo com o deputado, o TJAM propôs. A Assembleia em tempo recorde aprovou. Na mesma tarde, o governador sancionou. E o Diário Oficial publicou, a lei que dispôs sobre o tema. “No mesmo dia o CNJ, em decisão monocrática, determinou a nulidade da sessão do TJAM e, ao saber da aprovação da lei, determinou a sua não implantação até o julgamento de reclamações que chegaram ao órgão superior de administração da Justiça brasileira”, frisa.
Em aparte, os deputados Luiz Castro (PPS), José Ricardo (PT) e o presidente da Aleam Josué Neto (PSD) se pronunciaram sobre o tema. Castro disse que a intenção sempre foi fortalecer a Justiça de primeiro grau. “A desembargadora Carla Reis, em entrevista, afirma que processos são engavetados pela falta de juízes para analisá-los”, disse, ressaltando que “Coari é um exemplo da falta de estrutura no Judiciário”. José Ricardo também defende que a prioridade tem que ser aumentar o número de juízes para o interior e funcionários.
Por sua vez, Josué Neto lembrou que dias antes da votação, o presidente do TJ, desembargador Ari Moutinho, disse, reunido com os deputados, que o repasse de R$ 12 milhões da Assembleia tinha três principais objetivos: “Aumentar o número de desembargadores, realização de novo concurso para cargo de juízes, que pelo que sei já houve, e melhora das estruturas de Comarcas do interior”, lembrou.

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