Ribeirinhos de Eirunepé/Foto:Caíque Varella |
Da
Agência Brasil
Brasília – O nível do Rio Negro, no estado do
Amazonas, subiu cinco centímetros no fim de semana. A marca desta segunda-feira
(21) indicou 29,87 metros, nível mais alto da aferição desde o início do
monitoramento, em 1953. Segundo a Defesa Civil do estado, 49 municípios
declararam estado de emergência devido às enchentes, enquanto três declararam
estado de calamidade. Segundo levantamento do Subcomando de Ações de
Defesa Civil do governo do Amazonas, mais de 77 mil famílias foram
afetadas pelas enchentes. Destas, 33.290 recebem o Cartão Amazonas Solidário,
no valor de R$ 400.
O governo estadual distribui ainda cestas básicas, kits
de higiene pessoal, limpeza e medicamentos, além de filtros
microbiológicos e hipoclorito de sódio para purificação da água para consumo.
O governo estadual deve liberar nos próximos dias
R$ 850 mil para os municípios afetados. Boca do Acre, no Purus, receberá R$ 150
mil, enquanto os municípios de Envira, Eirunepé, Guajará, Ipixuna, Carauari,
Itamarati e Juruá receberão R$ 100 mil cada.
O Ministério da Integração Nacional, de outro lado,
confirmou a liberação de R$ 26,5 milhões para o estado. Também publicou hoje portaria instituindo o Comitê Integrado de Monitoramento e
Operações no Estado do Amazonas, ligado ao Centro Nacional de
Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), para auxiliar no monitoramento de
eventuais desastres naturais relacionados ao excesso de chuvas.
O meteorologista Luiz Cavalcante, do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), explicou à Agência Brasil que o alto
volume de chuvas no Amazonas se dá provavelmente pela influência do fenômeno
climático La Niña. Para ele, o ciclo de influência, que já dura um ano e meio,
está entrando em fase neutra, por isso está ocorrendo o retardamento do período
chuvoso na parte sul da região amazônica.
Edição: Davi Oliveira