
Em todo o Estado apenas Manaus e a cidade de Carauari possuem aterro sanitário construído em conformidade com as leis. Eirunepé e as demais cidades amazonenses correm contra o tempo para se adequarem a Política Nacional de Resíduos Sólidos (leis 11.445/2007 e 12.305/2010), os municípios brasileiros têm até agosto de 2012 para apresentar seus programas e até 2014 para iniciar sua execução, sob risco de terem o repasse de recursos federais comprometido segundo a legislação. A Câmara Municipal de Eirunepé em 2009, aprovou a compra de um terreno pela prefeitura municipal no valor de R$: 40.000,00 (quarenta mil reais) para ser construído o aterro sanitário municipal. A obra ficaria a cargo da COMARA. Mas isto ainda não aconteceu. Segundo os vereadores a obra irá começar neste verão. Mas para a oposição esta é mais uma manobra da administração municipal. Para tentar evitar esse problema, uma equipe de profissionais e especialistas de diversas áreas, juntamente com servidores públicos e representantes da comunidade e da sociedade de cada município, vão traçar o perfil do saneamento em cada região habitada do Amazonas. A análise, que deve durar cerca de cinco meses, é uma das etapas do Programa de Apoio à Elaboração de Planos Municipais de Saneamento e Resíduos Sólidos (Plamsan) que a Associação Amazonense de Municípios (AAM) lança no próximo dia 18, na Assembléia Legislativa do Estado (ALE-AM). Durante essa fase, de estudos, serão elaborados os perfis da real estrutura de saneamento de cada cidade, vila e comunidade do interior. Será a primeira vez que o Estado fará levantamento do tipo partindo do histórico de ações já realizadas e da situação atual. O próximo passo após a fase de estudos é a produção de projetos individuais e exclusivos compostos de ações a serem executadas pelo poder público nos próximos 20 a 30 anos em cada um dos municípios, seguindo a projeções de crescimento populacional e econômico apontadas nos estudos. O programa prevê, seguindo determinação da legislação ambiental, a reavaliação de metas e objetivos a cada quatro anos. Até o momento, segundo a AAM, o projeto já tem a adesão de 45 municípios do interior do Estado, mas a meta da comissão gestora é agregar todas as cidades até a data de lançamento do evento. Conforme a assessoria de comunicação da Associação Amazonense dos Municípios, dos municípios que ainda restam, a maior parte já está na fase final de avaliação do projeto.