A história oficial diz que Parintins foi fundada em 1796 pelo capitão de milícias Pedro Cordovil, um aventureiro que ganhava a vida escravizando índios e ocupando terras para vendê-las em seguida para Portugal. Uma outra pesquisa do historiador Tonzinho Saunier apontou o jesuíta Felipe de Betendorf, o mesmo que fundou a cidade de Santarém (PA), como um dos fundadores de Parintins. Betendorf era superior da Ordem no Pará.
No entanto, uma outra pesquisa aprofundou a questão e mostrou que os verdadeiros fundadores de Parintins foram os Jesuítas, mas não Betendorf, e sim os padres Manuel Pires e Manuel Souza, que se instalaram na Ilha onde hoje é a cidade muito antes de Cordovil, que só aparece no cenário tupinambarano quando Portugal, pós-governo do Marquês de Pombal, decidiu revitalizar o então desconhecido Amazonas.
Parintins hoje é a segunda maior cidade do Estado. Segundo estimativa do (IBGE) para este ano, tem 110.411 habitantes – contra 102.033 recenseados em 2010 – em um território de 5.952,390 quilômetros quadrados.
Até os anos 1990, a economia do município era pautada na exportação da fibra de juta para o sul do país. A pecuária, por sua vez, detinha o maior rebanho do interior do Estado.
O produtor rural Enéas Farias, campeão nacional de produção de juta e malva em 1982, ressalta o que a explosão comercial da fibra se deu mesmo nos anos 1970.
No seu entendimento, quando havia a produção e o comércio da juta e malva a economia rural era mais forte. “O campo tinha poder de compra, hoje a economia ficou na mão do boi de pano”.
Na atualidade, o setor rural da Ilha tem o assentamento do governo federal em Vila Amazônia e os assentamentos estaduais em Cabori, Mocambo e Uaicurapá.
O governo estadual, segundo o secretário de Produção Rural Valdenor Cardoso, realiza trabalho de assistência técnica e extensão rural, controle sanitário animal e vegetal, por meio da Agência de Defesa Animal e Agroflorestal (Adaf).
Nos últimos 10 anos, a cidade de Parintins sofreu importantes modificações em sua infraestrutura. Novos e populosos bairros como o da União e Paulo Correia, fruto de invasões coletivas, foram mudando o cenário da cidade e impondo uma nova realidade.
Também surgiram bairros a partir de loteamentos como o Pascoal Allágio, na estrada Odovaldo Novo e o Saunier, na Zona Oeste da cidade.
Fonte: EM TEMPO
