sexta-feira, 18 de maio de 2012

Eirunepé, no rio Juruá, registrou a cota máxima em 2012: 21,10 metros.


Rio Juruá. Eirunepé
O Município de Eirunepé, no rio Juruá, registrou a cota máxima em 2012: 21,10 metros. Ontem o rio Juruá estava em 18,62 metros. O período é de oscilação conhecido como repiquete, onde as aguas do Juruá dão uma forte subida e depois de alguns dias ele começa a vazar, voltando assim ao seu estado normal. Na região do médio Solimões, o Município de Anamã (a 168 quilômetros) a retirada da população desabrigada já teve início, revelou o chefe da Defesa Civil, Augusto Leite. “A situação lá  atingiu o nível 4, o máximo em caso de defesa civil”.

Temos 10.193 pessoas atingidas pela cheia, mas 8 mil estão desabrigadas. Estamos alugando barcos e balsas para alojar as pessoas. “Como a enchente é gradual, a cada momento estamos realizando a transferência das famílias desalojadas”, disse.
Augusto  disse que Anamã   recebe recursos do Amazonas Solidário, do Governo do Estado, e a ajuda humanitária de mil sacolas de alimentos. “Vamos começar a receber a verba do Governo Federal no valor de R$ 396 mil, disponibilizados para compra  de combustível, aluguel e  alimentação”, disse.
Moradores reclamam  ajuda oficial
Em Manaus muitos moradores de áreas inundadas pelas águas do rio Negro estão em situação de gravíssimo risco porque a ajuda oficial ainda não chegou. É o caso dos moradores do Beco São Francisco, no bairro São Raimundo, Zona Oeste.
Mais de cem casas do Beco São Francisco  encontram-se alagadas e sem estrutura de palets para a construção de pontes, o que dificulta a circulação.
A situação mais grave é enfrentada pelas famílias que têm muitas crianças pequenas e idosos. A dona de casa Cristina Teixeira dos Santos, 26, vive sozinha com quatro filhos pequenos, dos quais uma é portadora de necessidades especiais. Quando  a cheia se intensificou, ela não conseguiu madeira para o subir assoalho de casa e teve que derrubar uma das paredes do quarto para  permanecer no local com as crianças. “Estamos sem ter onde dormir. Minha cama, meu sofá estragaram,  tive de jogá-los fora. Agora, eu e meus filhos, só temos um ventilador, uma rede e esse assoalho improvisado onde nós dormimos”, disse.
O aposentado João Reis Filho,  83, pede ajuda  a todas as pessoas que vão à Rua São Francisco. Ele vive sozinho e, além da surdez, apresenta doença respiratória, fato que o impede de sair de casa. Com a cheia, sua casa foi totalmente alagada e ele passa o dia na rede para se proteger das águas.
Calhas de rios têm situação diferente
No Município de Tabatinga, na região do  alto Solimões, a cota recorde foi registrada em  2009: 13,82 metros.  nesta quinta (17) o nível do rio estava em 13,20 metros e já em período de vazante.
Na região do baixo Amazonas, o Município de Parintins registrou a máxima em 2009: 9,38 metros. Nesta quinta (17), o rio registrava o nível de  9,30 metros e ainda está  subindo.
No  Purus, o Município de Boca do Acre registrou cota máxima em 1971: 21,83 metros. Nesta quinta (17),  a cota era de 9,58 metros e o rio ainda está baixando.

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