A grande
desigualdade brasileira não é étnica, a nossa grande desigualdade é econômica e
social e é essa que nós precisamos combater. A afirmação é do deputado estadual
Sidney Leite (DEM) que participou, na tarde de ontem, da audiência pública
sobre cotas de vagas na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizada no
plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A audiência foi proposta
pelo deputado Tony Medeiros (PSL) e reuniu lideranças estudantis,
representantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Secretaria de
Estado da Educação (Seduc).
Para Sidney
Leite, que preside a Comissão de Educação e Cultura da Aleam, discutir as cotas
na universidade é discutir o modelo atual de educação no Brasil e,
principalmente, no Amazonas. “Se nós pegarmos os cursos mais concorridos da
universidade, há uma relação contraditória, pois são os cursos em que grande
parte dos alunos são oriundos da escola particular, porém o filho do
trabalhador que estudou na escola pública está na universidade particular”,
destaca o parlamentar.
Na audiência,
o vice-reitor da Ufam, Hedinaldo Narciso Lima, anunciou a criação de um
Conselho Universitário para estudar a viabilidade de inclusão de cotas nas
vagas dos cursos da instituição. O primeiro passo, de acordo com ele, é
identificar quais tipos de cota se fazem necessários – raciais, sociais ou
territoriais.
As cotas não
são a solução, avalia Sidney Leite, o nosso desafio é melhorar o Ensino
Fundamental e Médio.