segunda-feira, 8 de agosto de 2016

CONHEÇA O BAIRRO DA GLÓRIA COM O VEREADOR DE MANAUS JAIRO DA VICAL


Glória, bairro de Manaus
Com a instalação Abatedouro chamado de Matadouro no bairro de são Raimundo, à beira do igarapé do mesmo nome, no início do século XX, surge o bairro da Glória, conhecido na época apenas por Matadouro, pois em 1912, foi instalado no local o matadouro municipal dando o primeiro nome à comunidade. A área, como ainda não era habitada, serviu para habitação dos operários destas indústrias, que passaram a morar no entorno do abatedouro por serpróximo ao emprego. Nos anos 1953, o bairro começa a crescer com a chegada dos interioranos fugidos da grande enchente, quando os padres que serviam na paróquia de São Raimundo iniciaram a assistência aos desabrigados. Em forma de mutirão, os comunitários ergueram a igreja de Nossa Senhora da Glória e, em homenagem à santa, o bairro passou a se chamar Nossa Senhora da Glória. Construções e desenvolvimento O bairro, por ser próximo ao Centro, teve logo suas ruas principais asfaltadas e água encanada. Nas décadas de 80 e 90, com o advento da Zona Franca de Manaus, o bairro sentiu algumas transformações urbanas, como a construção do Mercado da Glória, da Quadra poliesportiva e urbanização da praça, que é muito conhecida pelos festejos do dia da Santa, pela sua tradição no futebol com o Glorioso Sul América futebol Clube e suas rivalidade com São Raimundo Futebol clube, clássico Tradicionalmente conhecido como Galo Preto e famosa Participação Cultural como as Danças Folclórica ( dança Internacional Dabke, dança Nacional do Café, dança da Cerveja e outras mas..., sendo muito freqüentada pelos moradores dos bairros vizinhos. O bairro da Glória se orgulha de ter atravessado as piores fases de uma comunidade em desenvolvimento e hoje estar vivendo melhor. O bairro por muitos anos foi temido por conta da onda de violência que dominava o local e por jovens entrando no mundo das drogas. Mesmo o bairro não possuindo uma associação de moradores representativa, a igreja desenvolve trabalhos nas pastorais, com o auxílio das principais lideranças e já conseguiu reduzir o índice de criminalidade e de juventude nas drogas, dando um pontapé inicial para uma fase de desenvolvimento humano na comunidade. Há a necessidade de o poder público agir com mais freqüência através de melhoria nas diversas áreas. O bairro conta também com o mercado municipal, que fica ao lado do tradicional campo do Sul América, com boxes de venda de pescado e mercadorias de consumo em geral. O lugar onde antes funcionava o matadouro, hoje cedeu lugar para as instalações da Fundação Nacional de Saúde (FVS). A quadra de esporte foi construída na praça, que possui ainda uma área coberta abrigando a Praça de alimentação, uma casa lotérica e uma banca de revista. Na rua principal, Lourival Muniz, também tem um posto de gasolina, várias lojas, drogarias, escolas de ensino infantil, cartório e o Posto de Saúde Deodato de Miranda Leão. O bairro também conta com as escolas estaduais Joana Rodrigues Vieira, para portadores de necessidades especiais (visual), Antônio Bittencourt, na rua Presidente Dutra, e com a escola Nossa Senhora da Glória, na Lourival Muniz. Localização O bairro da Glória está localizado na Zona Oeste, com uma superfície de 115 hectares, tendo seu ponto inicial na avenida Presidente Dutra, seguindo até o igarapé do São Raimundo e retornando pela Lourival Muniz. A Glória faz fronteira com os bairros do São Raimundo, Santo Antônio e Aparecida. Sul América Esporte Clube Fundado em 1º de maio de 1932, por um grupo de jovens do bairro da
Glória, o Sul América Esporte Clube valoriza o patriotismo dos países da América do Sul. Ele ganhou o título em 1992 e em 1993, quando formou um time de grande força para enfrentar o do São Raimundo. Entre 1938 e 1941 o clube foi desativado, por diversas razões, retornando 1942, o "Trem da Colina teve seu sonho bicolor levado adiante. O Centro de atendimento a Comunitário (CAC) do Bairro da Glória faz parte de complexo de Atendimento que Abriga Vários Seguimentos como o Grupo da terceira Idade (Associação dos Idosas
da Glória), A Comissão de Desenvolvimento e esportes da Glória (CODEG) e gerenciado pela Prefeitura de Manaus em convênio com governo do Estado. O centro social possui grupos de assistentes sociais e psicólogos, que só em Manaus atuam em mais de 48 centros, as chamadas "Casas do Cidadão",
trabalhando também com os programas do governo federal, como Bolsa
Família e Bolsa Escola. O centro funciona desde março de 2000 e já entregou certificado a mais de duas mil pessoas, As atividades são as mais diversas,
desde cursos de secretariado e auxiliar administrativo, crochê, cabeleireiro,
artesanato, até aulas de reforço para crianças, cinqüenta delas crianças
atualmente, e corte de cabelo gratuitos. O local também funciona como sede para a Associação da Terceira Idade e para a Liga Desportiva do Bairro, sendo também cedida para eventos, como palestras, aniversários, reuniões e mutirões para expedição de documentos. Fonte: Jornal do Comércio Portal
Amazônia - NR
São Raimundo, bairro de Manaus
A ocupação da área onde hoje está localizado o bairro do São Raimundo teve início em 1849, quando o governo do estado doou ao Seminário São José o terreno que foi incorporado ao patrimônio da instituição religiosa. Na época, o bispo Dom Lourenço da Costa Aguiar resolve lotear uma parte das terras para pessoas de baixa renda, que construíram as primeiras casas nos terrenos, pagos com quantia mensal denominada de "foros da igreja", cuja administração e cobrança, em nome da diocese, estava a cargo de Belmiro Bernardo da Costa. Os primeiros moradores sanaram as dívidas com a diocese em cerca de trinta anos. Segundo o livro de tombo da paróquia de São Raimundo, uma das primeiras famílias a se estabelecer na área do bairro foi a de Bernardino de Sena e Cândida Maria Anunciação, ambos do Ceará, que vieram para Manaus a procura de trabalho e, posteriormente, trouxeram também seus filhos Elizardo, José, Antônio, Joaquim, Martino, Tereza, Luis e Joana. A princípio construíram suas casas à beira do rio Negro. Naquela época já existia a família de João Caboclo, o pescador Manuel Salgado, o embarcadiço José Olímpio e o ajudante Lucas. Distante de suas casas, eles construíram um depósito de lenha para abastecer os navios que atracavam no porto próximo a rua da Boa Vista. Essas famílias também praticavam a caça e a pesca para o próprio sustento e a venda nos mercados e feiras de Manaus. Ainda conforme registro do livro da paróquia, em 1877 chega para morar no bairro o senhor Bernardino, juntamente com sua filha de nome Luzia, que permaneceu solteira e se dedicava às causas sociais das pessoas carentes, falecendo em 1938, aos 98 anos. Aos poucos foi crescendo o número de casas e habitantes. Bernardino, católico fervoroso começou a solicitar a presença de sacerdotes para a celebração do santo sacrifício do altar. Nas datas festivas, Luzia se encarregava dos preparativos do grande evento e o local se tornava um grande arraial iluminado pelos lampiões de gás. Os religiosos participavam do evento pedindo donativos emprestados de outras localidades para armarem o altar
num barracão onde guardavam ferramentas para derrubada das matas. Foi nesta ocasião que, a pedido de Bernardino, apareceu na comunidade o recém ordenado padre Raimundo Amâncio de Miranda, filho do município de Maués, trazendo consigo a imagem de São Raimundo Nonato, medindo cerca de 40 centímetros. Imagem que Luzia colocava sempre no centro do altar nos dias de festas e celebrações. Quando o padre Raimundo Amâncio deixou a comunidade, esta ficou sob a responsabilidade de Raimundo Limão, com a missão de dar prosseguimento às reverências ao santo. A presença da imagem estava tão forte e impregnada na pequena comunidade que logo o cemitério também foi batizado com o nome do santo. Aproveitando o ensejo, o bairro logo em seguida recebia também a mesma denominação, ou seja, São Raimundo. Urbanização Padre Amâncio continuou ainda em Manaus e fundou também a Irmandade do Santíssimo Sacramento em 1890, sendo em seguida ordenado monsenhor da igreja católica e faleceu em 27 de novembro de 1901. Em 1933, o novo pároco da comunidade, padre Carlos recuperou a imagem e colocou permanente nas reuniões festivas do curato. Na virado do século XX, o bairro entra em processo de urbanização, com abertura de novas ruas, onde novas casas foram sendo construídas por moradores, em sua maioria, vindos do interior ou de outros estados brasileiros. Nesta época, segundo consta no livro tombo da paróquia, os terrenos tinham o aval da diocese e, afastado do Centro da cidade, eram próprios para pessoas menos "civilizadas". Até 1919, continua os registros da paróquia, "o lugar era mal afamado devido os constantes conflitos, povo inculto e sem profissão fixa. Os homens eram tidos como os valentões do lugar, sempre com revólveres na cintura e facas à mostra". Os mais temidos eram Chico Preto, Manuel Francisco e Lezarrão que enfrentavam os vigilantes da polícia constantemente. Matadouro municipal antecipa mudanças e atrai moradores As mudanças no bairro começam a acontecer mais rapidamente a partir de 1912, quando é construído o matadouro municipal, em terras onde hoje está localizado o bairro da Glória. A chegada do matadouro, também conhecido por Curre, serviu para atrair mais pessoas para o bairro, agora capaz de oferecer emprego aos seus moradores. O local sofreu uma expansão demográfica tão acelerada que imediatamente surgiu um novo bairro, o do Matadouro, depois Glória.
Parabéns pelos 104 anos.

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