quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Deputado Abdala Fraxe agride com palavras à Deputada Estadual Alessandra Campêlo


   Nota da CTB/AM em repúdio à agressão do Deputado Abdala Fraxe à Deputada Alessandra Campêlo na ALEAM.

    Todos os dias milhares de mulheres que exercem funções, historicamente, destinadas à homens são massacradas moralmente nos seus locais de trabalho. Além de fazer, as mulheres precisam mostrar e provar num espaço de tempo muito menor, que são capazes de exercer cargos, especialmente na gestão pública.
    A Deputada Alessandra Campelo, foi vítima de agressão verbal de um colega parlamentar, deputado Abdala Fraxe, que se referiu a ela e à sua mãe de forma desrespeitosa, vil e deplorável, inadimissível ao decoro de um representante do povo. Esse é um fato concreto de agressão verbal durante um pronunciamento oficial de uma parlamentar igualmente e legitimamente eleita, como todos os demais parlamentares da ALEAM. Mas com certeza não é o único que a Deputada Alessandra Campêlo vivencia, no exercício de seu mandato. Já presenciamos uma abordagem na qual pediam que ela "cobrisse mais", algumas partes do seu corpo para não "chamar atenção". Isso, aparentemente, pode ser interpretado como uma medida de proteção. Mas, pelo contrário, reforça e perpetua os estereótipos de gênero que tanto combatemos.
    Suportar todo tipo de violência dirigida, velada e praticada nas entrelinhas, é desgastante e desrespeitoso. Precisamos dar um basta às pressões do sistema machista.
A Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil no Amazonas, manifesta repúdio às agressões sofridas pela deputada.
   Não podemos deixar que a Assembleia legislativa do Estado do Amazonas, se transforme em palco de agressões machistas. É inadmissível que a violência contra a mulher e o machismo sejam reproduzidos no espaço que deveria combatê-los.
    A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, uma em cada quatro brasileiras é vítima de violência doméstica. A agressão é a mesma que atinge várias brasileiras dentro das suas casas, na rua, dentro do transporte público, no trabalho. Os elevados índices de violência contra a mulher envergonham nosso país e nosso estado. Estamos entre os 7 países que mais matam no mulheres no mundo!
    As mulheres são maioria do eleitorado. Mas, ainda estão sub-representadas, sendo menos de 10% do Congresso Nacional.
Na ALEAM, a Deputada Alessandra Campêlo é a única mulher a conseguir uma das 24 vagas nesta legislatura. A única voz feminina para lembrar aos nobres deputados que além de grandes "colaboradoras" e companheiras de luta, somos grandes companheiras de poder.
    Diante do acima exposto, denunciamos a atitude desrespeitosa e agressiva do deputado Abdala Fraxe, aguardando que as providências cabíveis sejam tomadas pela mesa diretora, para que desse modo, as recorrentes cenas de machismo, retrocesso de direitos. - a exemplo vergonhoso de parlamentares da Câmara Federal, fruto do Congresso Nacional mais conservador desde 1964 - não encontre eco nessa Casa Legislativa. Reafirmamos a necessidade imediata de uma Reforma Política Democrática que crie condições e amplie a participação política das mulheres e que elas sejam respeitadas nos espaços de poder e decisão e que o parlamento não seja um ambiente hostil para as mulheres que lutam contra toda forma de opressão e em defesa da democracia. Até quando dentro e fora do parlamento as mulheres continuarão a mercê do machismo? A violência contra a mulher não é o Amazonas, a Manaus ou o Brasil que a gente quer!
    Toda solidariedade a Deputada Alessandra Campêlo, que nos orgulha com sua luta incansável pelos direitos das mulheres, da juventude e dos trabalhadores.
A direção da CTB e os seus sindicatos afiliados exigem justiça!
Machistas não passarão!
A Direção.
    Subscrevem a Nota
    Os sindicatos afiliados da CTB/AMAZONAS: Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas-SINTEAM, Sindicato dos Rodoviários de Manaus -STTRAM, Sindicatos dos Urbanitarios do Amazonas-STIUAM, Sindicato dos Estivadores do Amazonas-SINDESTIVA,SETEMEAM, Sindicato dos vigilantes do Amazonas- SINDEVAM, Sindicato dos Transportes Especiais-SINDESPECIAL, Sindicato dos Escrivaēs e Investigadores da Policia Civil do Estado do Amazonas-SINDEIPOL/AM, Sindicato dos Profissionais de Educação Fisica do Amazonas-SINPEF-AM.
    Também subscrevem a nota:
Sindicato dos Farmacêuticos do Amazonas -SINFAR/AM, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas-SINTESAM, Sindicatos dos Petroleiros do Amazonas-SINDPETRO/AM, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas-SINTRACOMEC

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