O deputado estadual Luiz Castro (PPS) abordou, em seu pronunciamento, nesta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a situação de precariedade em que se encontra o setor de saúde no Amazonas, em especial, no sistema de atendimento. “Essa situação vem ocorrendo nas principais unidades de saúde do Estado”, observou.
Luiz Castro fez referência objetiva aos hospitais, Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), Adriano Jorge, João Lúcio e aos hospitais infantis da cidade, especialmente, ao João Lúcio infantil, “onde o caos beira às vias do absurdo devido ao péssimo atendimento”.
Preocupado, Castro disse que recebeu fotos e depoimentos de pessoas sobre a forma “absurda” de como têm sido tratadas as crianças, que chegam ao Hospital João Lúcio Infantil (Joãozinho), e as mães (acompanhantes). “Elas (as crianças) e suas mães passam noites inteiras nos corredores sem ter direito a um leito. São maltratadas e mal acolhidas e, o pior, sem direito sequer a uma alimentação”, denunciou.
Essas pessoas, disse Castro, além de sofrer com a carga emocional e psicológica desgastante do sofrimento de seu filho, ainda têm que passar por essa situação de não ser bem acolhida dentro de um pronto-socorro infantil, sendo-lhe negada até a alimentação, como acompanhante. “Essa situação a cada dia fica pior”, alertou o deputado.
Luiz Castro relatou que a mesma situação acontece no Hospital Adriano Jorge. Segundo o parlamentar, o hospital que deveria ser referência no Estado, como hospital geral, e ser vinculado à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), “hoje está com uma série de cirurgias adiadas por meses e sem previsão de ser realizada, isso, incluindo pessoas da capital e do interior na fila de espera por um longo período”.
Segundo Luiz Castro, há casos de pessoas oriundas do interior, com cirurgia marcada, que chegam na capital com extrema dificuldade e recebem a notícia de transferência de datas. “Só que são casos de cirurgias urgentes que não tem sido levada a séria por parte do hospital e que não são resolvidas”, advertiu.
O deputado destacou ainda a situação do Hospital João Lúcio, que segundo ele está totalmente “asfixiada”, principalmente, nas cirurgias neurológicas, além das dificuldades que as famílias encontram na relação médico-paciente na definição de quem será operado ou não no Hospital João Lúcio. “Pessoas que em sua maioria são casos graves e que ficam esperando meses e meses. A desculpa é a mais esfarrapada possível, como por exemplo, de que o material a ser utilizada para determinada cirurgia está sendo encomendado, portanto, deve esperar a chegada”, assinalou.