domingo, 25 de maio de 2014

Marcelo Ramos afirma que situação de Boca do Acre é culpa dos governos

“O que existe na cidade não é um administrador público, mas um marginal articulado que se aproveita do povo. O prefeito que deveria nesse momento de solidariedade ser solidário à população, participa de uma organização criminosa treinada para saquear o município. Com isso, os comerciantes, fazendeiros e população em geral não aguentam mais a situação”, afirmou.

A situação de Boca do Acre (localizado a 1.028 quilômetros de Manaus), que passa por momentos de extrema precariedade,  é culpa dos governos municipal, estadual e federal, segundo o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB). “É um absurdo que todos os governantes somente lembrem de Boca do Acre em épocas de eleição. Enquanto isso, a população passa por inúmeras dificuldades e todos deveriam fazer algo, ignoram a situação ”, criticou.
De acordo com Ramos, parte da BR 317, que liga o município à Rio Branco (AC), por onde chega e escoa toda produção de Boca do Acre, está interrompida, com inúmeros caminhões parados, o que faz com que  os produtos não cheguem até o  comércio local.  “Os produtos não chegam ao comércio, se não chegam não tem venda e, por consequência, o cidadão não paga seus impostos e não gera receitas”, disse. Nesta sexta-feira, por causa das condições da estrada, uma carreta carregada de carne tombou, obstruindo a passagem da BR por várias horas. “Enquanto isso, o governo finge que nada está acontecendo”, completou.
Na opinião do socialista, a omissão do governo do Estado agrava essa situação, entretanto também avalia que existe  descaso e lentidão do governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), em relação a esses amazonenses. “Enquanto o  município passa por dificuldades, como o litro da gasolina chegando a ser cobrado a mais de R$15,  o Superintendente do órgão disse que apenas no começo de junho as máquinas começarão a trabalhar na BR 317. Entretanto, o povo não pode esperar todo esse tempo. Medidas urgentes têm que ser implementadas”, enfatizou.
O deputado criticou ainda a entrega dos cartões de valor de R$ 300 às vítimas da enchente. Segundo ele, o povo não quer viver esperando alagar a cidade e receber uma migalha do  “governo bonzinho” para  comer durante uma semana. “Todos os anos isso acontece e o governo não toma as medidas preventivas, espera as pessoas ficarem nessa situação para fazer média dando uma pontinha da migalha”, disse.

Denuncias

Toda essa conjuntura em Boca do Acre, segundo o parlamentar, é agravada por denuncias graves, feitas ao Ministério Público Estadual (MPE), por membros da Promotoria de Justiça do município, protocolada junto a Polícia Federal (PF), de que existe uma quadrilha entranhada na prefeitura da cidade.  Conforme o deputado,  a quadrilha é formada pelo prefeito, secretario de finanças, sub-secretarios e membros da Comissão Permanente de Licitação de Boca do Acre, que utiliza recursos que deveriam ser empregados para suprir necessidades do povo, para enriquecer  usando a máquina pública. “O que existe na cidade não é um administrador público, mas um marginal articulado que se aproveita do povo. O prefeito que deveria nesse momento de solidariedade ser solidário à população, participa de uma organização criminosa treinada para saquear o município. Com isso, os comerciantes, fazendeiros e população em geral não agüentam mais a situação”, afirmou.

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