Mais de 230 mil pessoas beneficiadas, em nove municípios do Alto
Solimões. Estes foram os números apresentados, na última sexta-feira
(26), pelo Governo do Estado, por meio do Programa de Desenvolvimento
Regional do Estado do Amazonas (Proderam), implementado pela Companhia
de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama). Com financiamento do Banco Mundial, o Proderam atua desde 2009 nos
municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tonantins,
Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Amaturá, Jutaí e Fonte
Boa, com ações integradas de saneamento, saúde e desenvolvimento
sustentável em toda a região.
A meta do Governo é, até o final de 2014, universalizar o acesso à
água potável, nos nove municípios, através da otimização dos sistemas
existentes, por meio da implantação de Sistemas de Abastecimento de Água
nas áreas rurais, em vilas, povoados, comunidades e população dispersa.
“Faremos o que for possível para tornar isso uma realidade, pois o que a
população quer é a água saindo das torneiras de suas casas”, disse o
governador José Melo.
Em relação ao desenvolvimento sustentável, o Proderam, em parceria
com outros órgãos do Estado, prefeituras municipais e organizações
locais, vem atuando no apoio à organização social e geração de renda,
voltadas para as cadeias produtivas locais, como a piscicultura,
meliponicultura, produção de farinha e a cadeia produtiva da
castanha-do-Brasil, além da construção de feiras livres para a
comercialização dos produtos. Com um total de R$ 5.432.546,77 milhões de
investimentos, estes subprojetos beneficiam 10.916 mil família,
incluindo indígenas das etnias Ticuna, Cocama, Caixana, Canimari,
Marubo, Matis, Mayoruna e Korubo.
José Fernando de Oliveira, Presidente da Associação dos Pescadores
Artesanais de Tonantins (ASPECT), é um dos beneficiados pelo Projeto de
Manejo de Lagos. De acordo com o pescador, a vida é essa: “sei que a
pesca vem em primeiro lugar, porque quem tem lagos em manejo é como ter
dinheiro em banco, porque tem condições de sobrevivência na zona rural e
isso está sendo possível graças ao Governo do Estado”, disse.
Cristovão Souza, vice-presidente da comunidade de Arumanduba, em
Jutaí, destacou que o projeto trouxe desenvolvimento para a região. “Se
chegar aqui no Arumanduba, se não tiver um motor de luz, um aparelho de
televisão, aparelho de som, esse não mora aqui. E hoje esse resultado
está sendo provado daqui de dentro, fruto do trabalho, onde nós estamos
tendo futuro”, completou.
Na área de saúde, o Programa vem atuando na organização da Rede,
inclusive com projetos que beneficiam especificamente etnias indígenas
locais. Somente em Atalaia do Norte e Benjamin Constant, foram
investidos mais de R$3 milhões na reforma, ampliação e equipamentos e
geradores de energia para as unidades de saúde, que aumentaram em 30%
sua capacidade de atendimento (leitos) após a intervenção do Proderam.
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