Aproximadamente 300 médicos e dentistas de 13 municípios do Amazonas que atuam nos programas federais Saúde da Família e Saúde Bucal tiveram seus salários suspensos pelo Ministério da Saúde (MS). A assessoria do ministério informou que a suspensão do pagamento se deu devido a duplicidade nos dados cadastrais, ou seja, os profissionais estariam atuando em mais de uma instituição. Segundo o MS, apenas Eirunepé, Ipixuna e Manicoré regularizaram a situação. Permanecem com a verba suspensa os municípios de Guajará, Autazes, Boa Vista do Ramos, Juruá, Atalaia do Norte, Itamarati, Jutaí, Novo Airão, Tabatinga, Fonte Boa, Manacapuru, Manaus e Novo Aripuanã.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Área de Saúde do Amazonas (Sindisaúde), Cleidinir Francisca do Socorro, diz que reverter o quadro é quase impossível. “Não tem médico que aceite trabalhar exclusivamente para a União recebendo a média salarial de R$ 7 mil. Na capital, o profissional é vinculado ao município e Estado”, afirmou. Além de ter indicado problema no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), o Ministério ainda apontou o descumprimento da carga horária semanal prevista para atendimento no Saúde da Família. Por outro lado, o Sindisaúde informou que o salário dos profissionais está sendo custeado pelas próprias prefeituras.