*ARTHUR VIRGÍLIO
O jornal A Crítica, de Manaus, denuncia que aumentam os casos de malária entre os índios ianomâmis. Os serviços de saúde indígena estão falidos, como de resto o sistema que atende aos brasileiros mais pobres: gestão incompetente, tráfico de influência política e corrupção.Quem tem consciência ecológica, certamente que se revolta com uma notícia dessas. Ninguém mais desamparado e indefeso que o índio. Ninguém, portanto, mais vilipendiado e atraiçoado do que ele. Ter consciência ambiental significa, igualmente, lutar por saneamento básico para todos os brasileiros. Afinal, não é da natureza, nos conformar com a vida de milhões de seres humanos afundados no lixo, na lama, nos esgotos a céu aberto.
Há clara ligação, por exemplo, entre saneamento e aproveitamento escolar. Ou seja, entre saneamento e bons salários, saneamento e vida digna, saneamento e futuro recompensador. O desrespeito a índios e moradores das áreas periféricas das cidades brasileiras é parte integrante da cultura patrimonialista. É ferramenta da lógica de quem se aproveita da coisa pública e pretere os interesses dos representados. É o retrato de uma sociedade excludente e injusta.
Há clara ligação, por exemplo, entre saneamento e aproveitamento escolar. Ou seja, entre saneamento e bons salários, saneamento e vida digna, saneamento e futuro recompensador. O desrespeito a índios e moradores das áreas periféricas das cidades brasileiras é parte integrante da cultura patrimonialista. É ferramenta da lógica de quem se aproveita da coisa pública e pretere os interesses dos representados. É o retrato de uma sociedade excludente e injusta.