A Polícia Federal
encontrou nessa segunda-feira (3) os corpos que podem ser de Stef Pinheiro,
Aldeney Ribeiro e Luciano Freire, desaparecidos desde o dia 16 de dezembro de
2013, quando viajavam de carro pela rodovia Transamazônica, no trecho que corta
a aldeia indígena dos Tenharim. Desde a manhã, os policiais estavam na rodovia
em busca do local onde os corpos estavam enterrados, segundo os depoimentos
tomados durante a investigação que apura os crimes de sequestro, assassinato e
ocultação dos corpos das três vítimas.
Os corpos serão
encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Porto Velho (RO) para a
realização de exames específicos para o reconhecimento dos corpos. Somente após
o laudo do IML será possível afirma se os corpos encontrados são realmente das
vítimas desaparecidas desde o dia 16 de dezembro do ano passado.
Os cinco índios presos
suspeitos de terem seqüestrado e executado três homens na BR-230, rodovia
Transamazônica, município de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), podem ser
transferidos para alguma unidade prisional de Manaus, segundo informou Arcelino
Damasceno, delegado regional de crime organizado da Polícia Federal de
Rondônia. Sob o regime de prisão temporária desde o dia 30 de janeiro, os
indígenas estão detidos em um presídio estadual de Porto Velho separados de
outros detentos.
De acordo com o
delegado, a possibilidade de transferência dos suspeitos é real tendo em vista
regras estabelecidas em Constituição. “A lei permite que possam ser
transferidos para um presídio dentro do distrito da culpa, ou seja, no
Amazonas, ou no local onde a família esteja mais próxima, no caso em Rondônia”,
explicou.
Segundo Damasceno, a
decisão sobre uma possível realocação dos índios deve acontecer após o período
de prisão temporária. “Somente depois de 30 dias e uma completa análise das
oitivas e acareações poderemos definir se serão transferidos ou não”,
completou.
Prisão
A Polícia Federal
prendeu, no início da noite do último dia 30 (quinta-feira), cinco índios
suspeitos de sequestrar e matar três homens na Transamazônica, na reserva
indígena Tenharim-Marmelos. A equipe se deslocou do município de Humaitá (590
quilômetros de Manaus) para a Superintendência da Polícia Federal em Rondônia,
local onde os indígenas foram levados para a realização de procedimentos.
As prisões ocorreram
durante a grande operação força-tarefa, que contou com apoio de helicópteros e
a presença do superintendente da PF de Rondônia, na região da aldeia Tracuá, na
reserva indígena Tenharim-Marmelos, em Manicoré, no Amazonas.