domingo, 21 de abril de 2013

Marcelo Ramos pede que PF investigue surto de brucelose bovina em Envira e Eirunepé/AM

O deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) protocolou notícia-crime no Departamento de Polícia Federal para que seja investigado o surto  epidemiológico de brucelose bovina, nos municípios de Envira e Eirunepé, no interior do Amazonas. “É imprescindível a apuração deste caso pela Policia Federal, pois precisamos saber o que de fato está acontecendo. Além disso, é importante que se faça a instauração de inquérito policial para responsabilizar os culpados”, enfatizou.

Os sintomas da brucelose são: mal-estar, calafrios, sudorose, cansaço, fraqueza, febre, anorexia, perda de peso, alterações visuais e  outros. Não existe tratamento para a doença enquanto nos vetores. Constatado o surto de brucelose, o procedimento veterinário previsto é o abate de todos os animais infectados, evitando contágio humano. A doença é transmitida  por meio de alimentos derivados do leite (não pasteurizados) e do consumo de carne crua ou mal-passada.  
Ramos lembrou que a infecção, em quase 500 cabeças de gado somente no município de Envira e 80 em Eirunepé, foi constatada por um veterinário particular que, estranhamente, foi nomeado pelo DARF (órgão vinculado à SEPROR) como o responsável-técnico pela certificação dos abates. De acordo com os pecuaristas, apoiados em certidão subscrita pelo veterinário, os animais infectados foram destruídos. Contudo, servidores do Ministério da Agricultura (Mapa) suspeitam que a certidão tenha sido forjada, e que os animais foram revendidos para outras fazendas ou, até mesmo, que a carne infectada possa estar sendo amplamente comercializada nos açougues e mercados das duas cidades, assim como, distribuída para abastecer o Estado do Amazonas e do Acre.
O parlamentar também explicou que a responsabilidade pela gestão das políticas públicas de estímulo ao agronegócio é atribuição do Ministério da Agricultura. Assim, a infecção do gado e sua distribuição comercial pode causar restrições e embargos ao Brasil por parte da Organização Internacional da Saúde Animal (OIE). “Se constatado, este fato expõe as pessoas a perigo de saúde e de vida, além de manchar a credibilidade do Brasil perante os organismos internacionais de saúde animal”, alega o parlamentar.

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