quarta-feira, 8 de maio de 2013

Após a interdição do abatedouro do município de Envira, o de Eirunepé também será fechado.

Abatedouro de Eirunepé/Foto: Divulgação
Após a interdição do abatedouro do município de Envira (distante a 1.216 quilômetros de Manaus) pela Comissão de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Codesav), o abatedouro de Eirunepé também será fechado. O local que abastece toda a cidade está localizado próximo ao lixão e não possui o mínimo de estrutura e higiene para o abate animal e o transporte da carne. A denúncia foi feita pelo deputado estadual Sidney Leite (DEM).
De acordo com o diretor-presidente da Codesav, Sérgio Muniz, no dia 27 de abril, após uma fiscalização no local, o matadouro de Envira foi interditado por não oferecer higiene no processo de abatimento do gado, além de não possuir as ferramentas e utensílios necessários para o processo.  Segundo Muniz, houve uma reunião entre o órgão e a prefeitura da cidade onde estes foram comunicados sobre as irregularidades e por consequência o fechamento do local. “Disponibilizamos um técnico para ajudar e prestar orientações e um veterinário. O abatedouro só voltará a funcionar quando fizerem os reajustes exigidos. Espero que isso ocorra o mais breve possível, mas tem que ser feito”, comentou.

Após essa ação, os técnicos da Codesav seguem para o município de Eirunepé, onde a situação do abatedouro é crítica. De acordo com informações dos vereadores, no município todo o processo é irregular, desde o abate do gado ao transporte da carne. O abatedouro está a poucos metros do lixão a céu aberto e há um cemitério de cabeças de gado espalhadas pelo terreno. Essa mesma carne que abastece a população é usada como alimento no hospital da cidade.

Em março deste ano um grupo de vereadores de Eirunepé apresentou um dossiê ao deputado Sidney Leite e à secretária de saúde do interior, Adriana Moreira, na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). O documento denunciava o abatedouro municipal que funciona sem nenhuma condição de higiene colocando em risco quem consome a carne. “A equipe já está pronta para ir para Eirunepé, estamos aguardando apenas a disponibilidade de uma aeronave. Esse abatedouro também será fechado”, afirmou Muniz.

Sidney Leite classificou essa situação como gravíssima e ressaltou que esta realidade se repete em outros municípios. Para o parlamentar, essa é uma questão de saúde pública e estes locais não podem continuar funcionando sem nenhum tipo de condição. “Em Eirunepé o animal é abatido no chão, misturado com vísceras e restos de bois. Ao lado tem um chavascal com cabeças de animas jogadas e do outro lado um lixão”.

Leite disse que é a favor do fechamento, mas lembra que é preciso buscar alternativas, inclusive de financiamento, para tentar resolver o problema. “Outros municípios enfrentam o mesmo problema. A Codesav tem que ser rígida, porque não estamos lidando apenas com a questão da saúde animal, mas da saúde humana”.  


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