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vereador Ares Cabral (PMDB) Foto: Jota Ferreira. |
Por Eduardo Gomes
Um crime ambiental com sérios riscos à saúde humana na região do Alto Solimões vem sendo ignorado pelas autoridades. É o lixão à céu aberto na ilha peruana de Islândia na fronteira entre o Brasil e Peru, que vem afetando a cidade de Benjamin Constant cuja captação de água pela Cosama está situada a 1,5 km. O paradoxo é que o lixão está situado dentro de uma área de proteção ambiental peruana, “Área de Conservación Regional Comunal Tamshiyacu Tahuayo”, envolvendo outras comunidades peruanas, com financiamento externo.
Um crime ambiental com sérios riscos à saúde humana na região do Alto Solimões vem sendo ignorado pelas autoridades. É o lixão à céu aberto na ilha peruana de Islândia na fronteira entre o Brasil e Peru, que vem afetando a cidade de Benjamin Constant cuja captação de água pela Cosama está situada a 1,5 km. O paradoxo é que o lixão está situado dentro de uma área de proteção ambiental peruana, “Área de Conservación Regional Comunal Tamshiyacu Tahuayo”, envolvendo outras comunidades peruanas, com financiamento externo.
A denúncia do lixão peruano foi feita pelo vereador Ares Cabral (PMDB) preocupado com as consequências ambientais e de saúde para a população de Benjamin Constant.
O lixão está localizado às margens do Javarizinho, braço do Rio Javari, afluente do Rio Solimões, formando a ilha de Islândia. Todo lixo coletado (orgânico e não orgânico) na vila de Islândia é depositado na margem esquerda do Javarizinho (margem direita é a cidade de Benjamin Constant). O lixo produz chorume que vem contaminando o curso d’água e o subsolo.
Islândia faz parte do Distrito de Yavari, Departamento de Loreto e possui uma população de pouco mais de duas mil pessoas. A vila tem como principal característica edificações em palafitas erguidas a dois metros do solo, uma vez que a ilha é completamente inundada no período da cheia.
Ares Cabral denunciou o fato na promotoria de Justiça em Benjamin Constant e pretende levar o caso para autoridades estaduais e federais, já que o lixão está localizado em outro País.
No local é possível ver todo o lixo produzido em Islândia com destaque de milhares de garrafas peti descartadas pela população e outros detritos de difícil decomposição na natureza. Como o rio está em período de cheia, todo o resíduo deverá ser levado para o Rio Solimões, constituindo em um grave dano ambiental.