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Orla de Eirunepé/Foto: Internet |
Por Caíque Varella.
Após 7 meses de inaugurada, a obra da orla do município
de Eirunepé esta totalmente destruída. Varias fissuras e partes da orla foram
abaixo após essa semana, segundo técnicos da Defesa Civil municipal, uma das possíveis
causas poderá ter sido a qualidade do material usado nos muros de arrimo, construídos
pela
Construtora Vila Ltda. Que foram vitimas da erosão causada pela cheia
deste ano. O impacto da cheia não foi calculado corretamente pela construtora.
Em entrevista ao Interior Em Foco, o Governador Omar Aziz, informou que já
determinou a apuração dos responsáveis. “no máximo em 5 dias uma comissão
composta por engenheiros da SEINFRA, e também de engenheiros da construtora responsável
pela obra para avaliar os estragos e o nível
de comprometimento do resto da obra” Disse Omar Aziz.
Em novembro de 2012 o Ministério da Integração Nacional
e o Governo do Estado firmaram um convênio no valor de R$ 60 milhões para obras
de infra-estrutura e revitalização das orlas de 14 municípios no Amazonas. Os
municípios ‘contemplados’ foram:
Boca do Acre, Parintins, Urucurituba,
Canutama, Codajás, Eirunepé, Borba, Manacapuru, Uarini, Humaitá, Pauini, São
Paulo de Olivença, Tonantins e Santo Antônio do Içá. Em todos os municípios
seriam feitos muros de arrimo e contenção de taludes para impedir o
desbarrancamento da orla das cidades. Todas as obras foram contratadas sem
licitação, sob a alegação da situação de emergência. O problema é que a tal
“emergência” não se refletiu na velocidade e nem na qualidade com que elas
foram feitas.
A empresa Socorro Correia Transportes e Logística LTDA,
que iniciou a obra em Eirunepé, simplesmente abandonou a obra após ser
divulgado a sua participação em um esquema de licitações e desvio de dinheiro,
que envolvia na época o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento.