Elson Souza. Foto:Alfredo Fernandes/AGECOM |
As Secretarias de Estado de Segurança Pública
(SSP-AM) e de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan) promovem
reunião na próxima quarta-feira, dia 23 de janeiro, para definir por quais
municípios o Governo do Amazonas vai iniciar a implantação do Ronda no Bairro
no interior do Estado. Dez municípios, entre os mais populosos e aqueles que
integram a Região Metropolitana de Manaus, já passaram por estudo de
geoprocessamento, para identificação de demandas na área de segurança pública.
Participam da reunião, na sede da SSP-AM (avenida Torquato Tapajós, nº
5555, bairro de Flores, zona centro-sul), especialistas do núcleo de
geoprocessamento da Seplan, comandantes de área da Polícia Militar e delegados
da Polícia Civil que atuam no interior do Estado, além do secretário executivo
do Ronda no Bairro, tenente-coronel Amadeu Soares. Durante a reunião, serão
definidos quais municípios, entre os dez pré-selecionados, que demandam com
mais urgência o reforço policial e a política de segurança diferenciada do
Ronda no Bairro, projeto do governador Omar Aziz que já foi implantado em toda
a cidade de Manaus no ano passado e que tem demonstrado eficiência no combate
ao crime. As dez cidades selecionadas dentro de critérios populacionais e de
localização, que são alvo de estudo de geoprocessamento desde agosto de 2012,
são: Parintins, Tefé, Itacoatiara, Manacapuru, Tabatinga, Iranduba, Maués,
Coari, Manicoré e Humaitá. O secretário executivo do Ronda no Bairro,
tenente-coronel Amadeu Soares adiantou que, além de definir onde inicialmente o
programa será implantado no interior, esta etapa definirá ainda o quantitativo
de policiais que devem participar do curso de preparação para o Ronda no Bairro.“Vamos somar as informações levantadas pelo estudo de geoprocessamento mais a experiência dos comandantes e delegados. Depois de equacionar esses dados nós saberemos ainda a necessidade material que a implantação do Ronda no interior vai precisar”, destacou Amadeu.
Geoprocessamento - O geoprocessamento é o pontapé
inicial para a implantação do Ronda no Bairro, a exemplo do que foi feito em
Manaus e que resultou no planejamento de divisão de áreas e das demandas para
cada setor. No interior, o estudo permite o levantamento espacial e
populacional do município, contemplando comunidades e populações ribeirinhas.
Essas informações são compartilhadas no Sistema Integrado de Segurança Pública
(SISP). Conforme o coordenador do setor de geoprocessamento da Seplan, Elson
Souza, o estudo é tão minucioso que é capaz de identificar as demandas por
segurança pública e todas as suas variáveis. “Além de levantar as informações
baseadas em estudo censitário e demográfico, com auxílio de equipamentos de
GPS, nós também contamos com a experiência dos policiais, comandantes de área e
delegados civil desses municípios. Sabemos, por exemplo, qual bairro tem maior
demanda de polícia e quais dias da semana e horário necessitam de maior atenção
da segurança pública”, detalhou o coordenador.
Setorização – A
setorização ou divisão racional do contingente e aparato policial é um dos
fatores determinantes para a implantação do Ronda no Bairro em um município.
Essa divisão sempre vai priorizar os locais de maior demanda policial. A
equação dos dados demográficos com o contingente populacional existente no
município será cruzada com o número de ocorrências, natureza da mesma e aonde
elas mais ocorrem. A partir daí a secretaria executiva do programa terá um
panorama dos próximos municípios que irão receber o Ronda no Bairro.