quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Orelhões darão acesso à internet

Con­de­nados à ob­so­les­cência após a po­pu­la­ri­zação dos smartphones e a queda no preço dos ser­viços de te­le­fonia móvel, os ore­lhões pro­curam um novo papel a de­sem­pe­nhar. Pro­posta em aná­lise na Agência Na­ci­onal de Te­le­co­mu­ni­ca­ções (Anatel) pre­tende trans­formá-los em trans­mis­sores de Wi-Fi para de­sa­fogar a rede 3G ou em pontos de acesso à in­ternet com visor, para con­sultar dados como mapas, en­de­reços e te­le­fones.  Já existem ore­lhões com sinal de Wi-Fi em testes no Rio de Ja­neiro. A van­tagem des­taca a con­se­lheira Emília Ri­beiro, da Anatel, é que a faixa de uso do ser­viço não está con­ges­ti­o­nada - ao con­trário do 3G. Ca­beria às con­ces­si­o­ná­rias es­ta­be­lecer uma forma de co­brança pelo uso desse ser­viço de te­le­co­mu­ni­ca­ções. Também está em dis­cussão elevar a quan­ti­dade de meios para pa­ga­mento da li­gação, com o uso de cartão de cré­dito e mo­edas. Outra pro­posta prevê a ins­ta­lação de telas e vi­sores nos ore­lhões, para que usuá­rios possam, por exemplo, acessar ca­tá­logos de te­le­fones e en­de­reços ou pro­curar a lo­ca­li­zação de um res­tau­rante.
'Seria uma forma de au­mentar a in­clusão di­gital no País e fa­ci­litar a vida de tu­ristas bra­si­leiros e es­tran­geiros', afirma Emilia Ri­beiro.

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O de­safio, ela re­co­nhece, é o com­bate ao van­da­lismo, que da­ni­fica boa parte dos ore­lhões em todo o País. 'Os ore­lhões estão per­dendo, ra­pi­da­mente, a uti­li­dade do pas­sado. Mas eles estão lá, nas ruas, e devem servir para novas pri­o­ri­dades. Trata-se de um pa­trimônio pú­blico que não pre­cisa ser cons­truído, apenas mo­di­fi­cado', disse o mi­nistro das Co­mu­ni­ca­ções, Paulo Ber­nardo.Foi por essa razão que a Anatel de­cidiu ouvir a po­pu­lação e ela­borar um es­tudo para tentar re­vi­ta­lizar o te­le­fone pú­blico. A pro­posta re­cebeu mais de 200 con­tri­bui­ções, muito mais do que o órgão re­gu­lador cos­tuma obter em au­di­ên­cias pú­blicas sobre ou­tros temas, sinal de que o as­sunto des­perta a atenção dos usuá­rios. A pro­posta da Anatel e as con­tri­bui­ções dos usuá­rios serão ana­li­sadas pela área téc­nica do órgão re­gu­lador e en­vi­adas à Ad­vo­cacia-Geral da União (AGU), que emi­tirá um pa­recer. As ino­va­ções serão vo­tadas e apro­vadas ainda neste ano pela Anatel.
As in­for­ma­ções são do jornal O Es­tado de S. Paulo. (Anne Warth)

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