O prefeito de Coari (363 quilômetros distante de Manaus), Arnaldo Mitouso (PMN), prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (8) na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil (DG), sobre o atentado do qual foi vítima na última sexta-feira (5), quando o carro onde estava foi alvo de nove disparos na Avenida Torquato Tapajós, zona Norte. Para o prefeito, o atentado foi um ato de pessoas covardes e criminosas. "Eu imaginava que tinha apenas adversários políticos. A partir de agora eu tenho certeza que tenho inimigos politicos, embora velados e covardes", disse. Mitouso e um segurança particular retornavam de um compromisso na última sexta-feira (5) quando, em uma curva na Avenida Torquato Tapajós, na saída da Av. Santos Dumont, um carro modelo Palio emparelhou com a Hilux do prefeito. Mitouso foi atingido com um tiro no pescoço, e o segurança, Sebastião Celidônio Aire da Silva, também sofreu um tiro de raspão na cabeça. "Eu escutei uma zuada no carro e um choque em mim. Quando passei a mão na
costa eu estava sangrando muito, e falei pro motorista que fomos atingidos por balas, e logo em seguida ele foi atingido também. Depois passou um carro com uma pessoa atirando do banco traseiro", explica Mitouso. De acordo com a assessoria de comunicação do prefeito, a Polícia Federal (PF) realizou perícia no veículo e que o carro foi atingido por nove disparos de uma pistola 9mm, de uso restrito. O depoimento do prefeito e do segurança demorou quase duas horas, e terminou por volta das 12h20. Eles foram ouvidos por dois delegados da Polícia Civil. A titular da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Emília Ferraz, e o delegado Luiz Carrasco. Segundo Emília Ferraz, a partir de agora a polícia terá 30 dias para realizar o inquérito e tentar solucionar o caso. Sobre a informação que a Polícia Federal (PF) havia dito que a arma usada seria uma pistola 9mm de uso restrito das polícias, a delegada disse que não poderá dar nenhuma declaração sobre o caso enquanto o inquérito prosseguir. Porém, Emília Ferraz, sustenta que o crime possa ter motivação política, "pelos problemas que ele tinha com as pessoas". "Realmente se trata e um atentado, pois se trata de uma tentativa de homicídio, e foi propositado contra um ente político. Eu não disse que foi um atentado político. Eu disse que isso servirá de início para as investigações", explica Ferraz.