Veio o Programa Luz para Todos, veio grupo gerador novo, aumentaram o tamanho do reservatório de diesel da usina, vira e mexe tem técnicos supervisores e um bando de gente da Amazonas Energia em Eirunepé, e a falta de energia continua. Só no mês de Julho já se pode contabilizar mais de 288 horas intercaladas na cidade, um dia falta luz no bairro Santo Antonio, de tarde no N. S de Aparecida, à noite em Fátima, de madrugada no São José e por ai vai. Quem tem um motor gerador de energia que custa baratinho em torno de R$ 700,00 (setecentos reais), tem que desembolsar mais R$: 3,50 por litro de gasolina. Quem é menos favorecido pela vida tem que assar no calor dos telhados de alumínio, como crianças, idosos, doentes e etc. E sempre ouvimos uma desculpa da Amazonas Energia hora é o verão, outra é o Rio Juruá que ta seco e não chega combustível porque a balsa ta encalhada, outra é a divida da prefeitura e a mais descabida de todas é há que "estamos fazendo melhorias na rede".
Há oito anos ouso falar isso em Eirunepé e nunca constatei uma melhoria visível na cidade em relação à energia elétrica. O governo federal diz que a luz é direito de todos, se vivêssemos em uma comunidade até poderia ser aceitável um racionamento, mas em plana cidade pólo com mais de 36 mil habitantes isso não tem explicação. Há menos de 2 anos a população fez uma passeata pedindo melhorias no fornecimento de energia na cidade, por incrível que pareça muitos dos participantes sofreram represarias por parte da empresa, alem de terem sido tratados como baderneiros por alguns vereadores. Até quando esperar, a ter que ajoelhar esperando a ajuda de Deus? Ou será que meus netos um dia poderão desfrutar de energia 24 horas por dia em Eirunepé.
