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FOTOS: ALEX PAZUELLO / AGECOM |
O governador do
Amazonas, Omar Aziz, lançou nesta terça-feira (26), na sede do Governo, um novo
projeto de residência agrária que vai aumentar a oferta de acompanhamento
especializado e transferência de tecnologia a produtores agrícolas do Estado.
Com aporte de R$ 22 milhões para a contratação de 180 profissionais, a meta é
alcançar 17 mil famílias e impulsionar os resultados do setor até 2014.
“Com esse investimento
em conjunto, tecnologia e conhecimento, teremos condições
de produzir mais. Se um município produz uma tonelada de peixe, poderemos
triplicar, por exemplo. Vamos espalhar essa assistência técnica pelo interior,
conforme a potencialidade de cada região”, afirmou o governador.
A residência agrária vai
ser viabilizada por meio do Programa Estratégico para Transferência de
Tecnologia (Pro-Rural), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam), e faz parte do programa Amazonas Rural. O acompanhamento ao
agricultor vai complementar o trabalho realizado pelo Instituto de
Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Idam). Dos 180
profissionais a serem contratados, 170 serão técnicos recém-formados de
nível médio e superior e dez coordenadores especialistas.
Para aumentar ainda mais
a oferta de assistência técnica aos pequenos agricultores, o governador Omar
Aziz vai convocar os prefeitos a participarem do programa contratando mão de
obra qualificada para atender as necessidades do município. “Vou conversar com
os prefeitos para firmar as parcerias. O Estado contrata e a prefeitura terá de
contratar vendo a vocação de cada região”, disse.
Omar Aziz ressaltou que
o Governo Estadual também vem fazendo investimentos para melhorar o escoamento
da produção, com a abertura e recuperação das estradas vicinais, e também no
fomento à produção, com a desburocratização do financiamento para o pequeno
produtor na Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam).
“Eu tomei uma decisão.
Apertou nossa mão, se for calejada, pode dar o dinheiro que for necessário. É
trabalhador e tem direito de conseguir. Esse trabalhador que rema, pega na
enxada, tem que ter crédito para poder produzir e viver melhor. Não precisa ter
nada para colocar como garantia. Essa é a nossa realidade. Não temos que fazer
o caboclo do interior se ajustar à realidade da burocracia do governo. É a
burocracia que tem que se ajustar ao caboclo para ele produzir”, enfatizou Omar
Aziz.
Programa – O Pro-Rural é realizado
em parceria entre as secretarias estaduais de Produção Rural (Sepror) e
Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fapeam. Abrange as áreas de culturas
alimentares, juta e malva, pecuária sustentável, piscicultura, manejo
madeireiro, avicultura, borracha, fruticultura, e horticultura. Haverá também
apoio para as áreas de organização social e comercialização.
O objetivo é
potencializar a produção em bases sustentáveis, com a disponibilização de
tecnologias desenvolvidas em centros de pesquisas, como a Universidade Federal
do Amazonas (Ufam), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Federal do
Amazonas (Ifam).
Os agentes vão receber
capacitação nas tecnologias desenvolvidas pelos centros de pesquisas nas
respectivas áreas e, sob a orientação dos coordenadores doutores, disseminá-las
entre os produtores. Além de acessíveis, as novas tecnologias priorizam a
diminuição do impacto ambiental na atividade produtiva.
Para o presidente da
Federação da Agricultura do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, com o
acesso às novas técnicas de produção, os agricultores amazonenses terão
melhores condições e será possível avançar economicamente. "Isso é um
compromisso com a interiorização. A maior parte dos agricultores
amazonenses é formada por pequenos agricultores familiares que não têm dinheiro
para pagar pela assistência técnica, uma etapa fundamental para potencializar o
setor", disse.
Com o projeto, o número
de técnicos atuando no interior do Estado irá dobrar. Para atuar nas
comunidades, os agentes vão receber bolsas da Fapeam, que variam de R$ 1,2 mil
para nível técnico e R$ 2,4 mil para os especialistas de nível superior ligados
a uma das áreas de atuação do programa. Esses profissionais deverão passar pelo
menos 15 dias úteis nas comunidades. A previsão é de que os técnicos
já estejam em campo em maio deste ano. Na seleção dos agentes, será dada
prioridade a profissionais do interior do Estado.
Os R$ 22 milhões
disponibilizados são para o pagamento de três anos de bolsa para logística de
deslocamento. Todos os 62 municípios serão beneficiados tanto na geração de
emprego e renda quanto na questão de absorção de tecnologias novas que ainda
não estão disponíveis aos produtores