domingo, 17 de fevereiro de 2013

Audiência Publica vai discutir abatedouros clandestinos no interior do Amazonas.

Na maioria dos municípios amazonenses o abate de animais é feito em locais sem nenhuma condição de higiene, expondo a saúde da população aos riscos de consumir carne contaminada. O alerta foi feito pelo deputado Luiz Castro que solicitou uma audiência pública para debater a situação dos municípios abastecidos pelos abatedouros clandestinos. Dados do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV-AM) indicam que 56 municípios consomem carne procedente de locais improvisados, sem higiene e sem a vistoria de um médico veterinário, que é o profissional habilitado a fazer a análise da sanidade de produtos de origem animal.
No Estado apenas Manaus, Parintins, Itacoatiara, Manacapuru, Iranduba e Boca do Acre possuem abatedouros regularizados. Nos demais municípios, os animais são abatidos em estabelecimentos inadequados, sem que os gestores municipais tomem providências para coibir essa prática. Segundo o vice-presidente do CRMV, Gilmar Rocha, a vistoria do médico veterinário é indispensável para constatar se o animal abatido estava livre de doenças como brucelose ou tuberculose, que podem ser contraídas pelo homem ao consumir carne de animais infectados.
O deputado Luiz Castro ressalta ainda a questão do Direito do Consumidor, que deveria ser resguardado do dano potencial à sua saúde. Além disso, Castro alerta para a questão ambiental, já que os abatedouros clandestinos produzem resíduos que são descartados a céu aberto, ou atirados nos rios, poluindo o meio ambiente. Outro fato preocupante, segundo o deputado, é que a maioria dos abatedouros clandestinos está instalada nas proximidades de cabeceiras de aeroportos e aeródromos, oferecendo riscos à aviação, devido ao grande número de urubus que são atraídos a esses locais, por causa do descarte de resíduos orgânicos. Materia completa no Interior Em Foco impresso.

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