quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Analistas avaliam papel do debate entre candidatos ao governo do AM

Manaus - Analistas da política no Amazonas avaliam que o debate desta quinta-feira (11), na Band Amazonas, deve ajudar o eleitor a determinar o “grau de sinceridade” dos candidatos ao governo do Estado. Os especialistas afirmam, ainda, que ofensas e agressões diretas deverão ser evitadas, pois são vistas de forma negativa pelo eleitorado.
O primeiro debate entre os candidatos a governador na televisão, será realizado nesta quinta, às 21h, na Band Amazonas. Os seis candidatos confirmaram presença: Omar Aziz (PMN), Alfredo Nascimento (PR), Hissa Abrahão (PPS), Herbert Amazonas (PSTU), Luiz Navarro (PCB) e Luiz Carlos Sena (PSOL).
Para o sociólogo Gilson Gil, o debate não influenciará diretamente na decisão do voto do eleitor, mas deve esclarecer dúvidas. Ele avalia também que é a oportunidade de a sociedade julgar a “sinceridade” dos candidatos na apresentação das propostas.
“Muita gente está com o voto definido, mas é sempre bom ver os candidatos ao vivo expondo suas opiniões. É mais espontâneo que no horário eleitoral. O eleitor vai ter a chance de provar a sinceridade do candidato ou a falta dela”, explica Gil, que também é professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O antropólogo e coordenador do Núcleo de Cultura Política do Estado do Amazonas (NCPAM), José Ademir Ramos, compartilha a opinião. “Em um primeiro momento, o debate deve esclarecer. No segundo, deve envolver o eleitor e, em terceiro, levar para o eleitor as teses de cada candidato. O debate deve ser um instrumento participativo, que permita esclarecimento ao eleitor, onde os candidatos devem ser sinceros. Ele (o candidato) deve envolver e sensibilizar os eleitores”, analisou.
Novidades
Para Gilson Gil, o debate pode ainda ser a ocasião ideal para ‘esquentar’ a campanha eleitoral, considerada ‘morna’ pelo especialista. “A campanha está morna até agora, sem grandes eventos. A própria legislação é restritiva. Esse debate pode ser a ocasião, tanto de favoritos quanto de pequenos, de mostrarem alguma novidade”.
Na opinião do professor de Marketing e proprietário da Action Pesquisas de Mercado, Afrânio Soares, o debate não vai movimentar a disputa eleitoral, o que, segundo ele, começará com a propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio, a partir da próxima terça-feira (17). “O debate por si só, será assistido por formadores de opinião, pessoas interessadas em tirar dúvidas, conhecer mais os candidatos. Será comentado nos dias que virão. Não avalio que deve provocar um acirramento, mas será muito interessante”.
As agressões e ofensas diretas deverão dar lugar à apresentação de propostas. Para o sociólogo e professor da Ufam, Luiz Fernando Santos, é importante que os candidatos mostrem suas diferenças, mas de forma democrática. “Do ponto de vista político, da democracia, a ofensa direta entre candidatos não é bom, já que os eleitores estão interessados nas ideias deles”.
Para Afrânio, a maioria dos eleitores defende a proposição de ideias e uma minoria, confrontos diretos. “Os candidatos vão preparados para que não percam a compostura e possam ser protagonistas de cenas lamentáveis, de baixaria”, disse.

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